Sai do trabalho, entrei no carro, acendi uma cigarrilha e telefonei ao meu gajo (com auricular, ok?). "Comé? Jantamos em tua casa?" Notei logo pela voz dele que também estava meio stressado. Óptimo! Assim mimamo-nos um ao outro. Mas...o inconveniente nesta história: Ele vive com a família, logo=comida=jantarão à grande=com a mãe, pai, irmã e cunhado. Oh shit! Já descobriram que ando a comer menos e a evitar certas coisas mas nem por isso deixam de insistir! Que merda!
Comi: Duas colheres de arroz, uma perna de coelho estufado (que até curto bué), um copo de compal de pêssego, uma taça de gelatina e meia fatia de bolo/tarte/whatever de queijo fresco que a minha sogrita jurou a pés juntos ser feita apenas de queijo, ovos e farinha.
Enfim, já eu estava no sofá com o meu gajo a ronronar e ainda me 'atiraram' um Ferrero Rocher (restos do Natal) depois de eu ter dito duas vezes que não. Mantive-o na minha mão até ter oportunidade de o colocar dentro da minha mala. Levei-o para casa e deixei-o em cima da minha cómoda isolado. Sózinho e desamparado como um inimigo temível.
Este pequeno gesto, que até parece ridículo, foi para mim uma vitória. Sou chocolotodependente e resisti a um dos bombons que mais venero. A estadia dele em cima da minha cómoda vai servir de estímulo. Espero que se mantenha lá intacto e que isso signifique a minha abstinência por porcarias, chocolates, e afins...
Mas não faço promessas a mim mesma. Foi assim que deixei de fumar cigarros (normais) e é assim que conseguirei habituar-me a comer pouco e o mais saudavelmente possível.
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