Foi ontem na clínica de fisioterapia. O médico começou por chegar meia hora atrasado. Entrou na sala e desdobrou-se em sorrizinhos para as velhotas com cheiro a mofo e outras coisas que prefiro não comentar, e a dizer, ah e tal, “as minhas namoradas, são todas minhas namoradas” e elas riam-se e faziam abanar as gordurangas das suas barrigas gordas e balofas de idade e febras de porco fritas em óleo.
Esperei imenso tempo. Depois chamou-se e entrei. Vi logo que a coisa não ia correr bem. Era velho e com idade, certamente, de estar reformado. Começou por dar-me dois beijinhos “que dou sempre às mais idosas que são minhas namoradas e também às mais novas com idade de serem minhas netas”.
Começou a consulta a ver-me o raio-x. Depois perguntou:
- Fez mais algum exame?
- Fiz uma TAC.
- E onde?
- Na Clínica X.
- Ah, muito bom.
Prosseguiu a ver o raio-x e a escravinhar. “Bom, isto é a L5/S1”, (pois…isso já eu sei). Passado poucos segundos perguntou:
- Fez mais algum exame?
- Fiz uma TAC.
- E onde?
- Na Clínica X.
- Ah, muito bom.
Ok, aqui achei que estava bêbado ou ter algum AVC. Então tinha acabado de me perguntar aquilo!! E a sua reacção foi exactamente a mesma, ou seja, não disse “ah, pois, já me tinha dito”. Mas reagiu na segunda vez como na primeira. E eu já começava a ver mal e a deseja que ele não me pusesse os dedos nas costas.
Depois começou a perguntar há quanto tempo tinha aquelas dores e, surpreendam-se, arrotou e nem perdão pediu. Aqui ia eu vomitando, enfim. Conclusão: “Tem que voltar cá mais tarde com a TAC para eu analisar melhor a situação”.
Ok, Sr. doutor, até à próxima (ou nunca mais). Nisto viro-me para ir pegar no casaco para o vestir e ouço um barulhão…e não é que o médico me cai da cadeira??? “Ai estas rodinhas da cadeira…”
Bem. Ajudei-o a levantar-se, perguntei se se tinha magoado, se queria que eu pedisse ajuda (e ainda me lembrei do curso de primeiros socorros que tirei há uns anos) e se estava bem. Tudo bem, fui-me embora mas não sem antes perguntar no guichet: “Não têm mais nenhum médico?” Isto enquanto ele se ria e comentava com a empregada que lá chegou ao gabinete entretanto, “Epá, cai mesmo agora aqui…rás’parta a cadeira”.
SURREAL. Ate me dói a barriga a rir quando me lembro do episódio.
8 comentários:
Oh my GOD!!!
Conclusão: abram mais vagas para os cursos de medicina porque Portugal precisa urgentemente de médicos e não, não queremos os médicos que já deveriam estar reformados, por muito bons (ou maus) que eles tenham sido durante toda a sua actividade profissional.
Oh my GOD!!!
Ponto positivo do episódio: já deves ter-te fartado de fazer abdominais a rir. Eheheheheh
Beijinhos,
Pintainha Gordinha
Surreal mesmo... :) e é assim andamos entregues à bicharada.
M-E-D-O é só o que te tenho a dizer.. que coisa surreal :P
bom, o que interessa é que ele não te tocou! e que saíste de la depressa :S
Anyway, tenho um selinho novo para ti aqui: http://viverdedentroparafora.blogspot.com/2011/03/uma-pequena-prenda-contagem-decrescente.html
:)* beso!
Muito bom. Ele há com cada um...
Bj e as melhoras
eu também me fiquei a rir da cena dele cair...
comecei a ler e a minha boca foi-se abrindo até o meu queixo estar quase no chão, altura em que me escangalhei a rir :D que filme maluco, haja paciência! deixa lá, linda, faz é andar a lista que gente parva há em qualquer profissão!
beijos :)
Tenho um selinho para ti no meu blog. beijos
creepy!
Eu também não o deixava tocar nas minhas costas.
Quase que eras tu a teres que lhe fazer um tratamento.
Estamos entregues à bicharada...
Boa sorte para a próxima.
Ah, é verdade, fizeste mais algum exame? (...) óptimo.
Beijocas linda e as melhoras mesmo sem tratamento.
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